Leia abaixo a história de Chantilly:
A TRÁGICA HISTÓRIA DE CHANTILLY
Vatel era o maior cozinheiro da França. Há quem diga que nasceu na Suíça e que se chamava Frítz Vatel, mas a posteridade o consagrou como François Vatel, de sólida cepa gaulesa. Serviu na corte de Luís XIV, o Rei Sol, o tal que dizia, cheio de afetação francesa:
— O Estado sou eu.
Mas, ironicamente, não foi em Versalhes ou Paris que Vatel se consagrou, e sim quando decidiu trabalhar para o príncipe de Chantilly, província distante cerca de 50 quilômetros da capital, o que, no século 17, era muita lonjura.
Por algum motivo que a pecuária mundial jamais explicou, as vacas da região de Chantilly produziam um leite mais espesso que o das suas colegas de outras partes da França. Vatel se aproveitou dessa peculiaridade bovina para bater o leite, bater, bater, acondicionar açúcar e assim criar o diáfano e doce creme batizado como... Chantilly!!!
Bastava isso para tornar célebre o nome de Vatel por todos os tempos, mas ele também se mostrava insuperável nos pratos salgados. Sobretudo no filé de linguado, o filé de linguado de Vatel era um dos orgulhos do reino
Bem. Certa feita, o Rei Sol resolveu visitar Chantilly. Vatel, claro, foi encarregado de preparar o banquete de recepção. Durante duas semanas, ele ficou assoberbado com as preliminares – as mesas onde os nobres se acomodariam, os talheres com as quais trinchariam as carnes tenras, os requintados ingredientes dos acepipes, o cardápio sofisticado, o treinamento dos serviçais que o auxiliariam. Tudo haveria de ser perfeito. Vatel queria impressionar. Queria provar que não existia na França um chef mais talentoso do que ele.
Nesse período, não dormiu, ficou treze dias insone, atarefado. No dia do banquete, o horror: o linguado que Vatel encomendara não chegou. Desesperado, o cozinheiro bradava pelo castelo que o jantar seria um fracasso, que seu nome ficaria enlameado pelos séculos. O senhor de Chantilly tentava consolá-lo dizendo que tudo estava maravilhoso, que não seria pela falta de um linguado que o banquete malograria. Vatel não se conformava.
— Não suportarei mais essa desgraça — bradou, enquanto se arrastava para seus aposentos. Trancado no quarto, o che dos chefs fixou uma adaga num vão da porta e se atirou sobre ela. Morreu como morriam os romanos antigos, varado por seu próprio punhal. Nem bem seus gemidos cessaram, criadas irromperam nos salões do castelo anunciando a chegada da remessa de peixes aguardada pelo exigente cozinheiro. À noite, o jantar arrancou suspiros elogiosos de Luís XIV, mas, em homenagem a Vatel, o filé de linguado não foi servido.
Castelo de Chantilly, França.
A professora Liziane escolheu a Avançando na Prática das páginas 74 e 75 da unidade 10, por adorar música e poesia e estar trabalhando em sala de aula esses gêneros textuais com três turmas de 7ª série. “Analisei o material e percebi que eu poderia enriquecer as minhas atividades, pois o tema abre um leque, trazendo uma infinidade de atividades interessantes.”
Primeiramente, os alunos estudaram as partes da poesia: verso, estrofe, métrica, rimas... Em seguida, foram ao laboratório de informática e, em duplas, pesquisaram poemas que falassem sobre luxo e lixo, e poema concretos. Esse material foi impresso e coube ao aluno o desafio de interpretar um dos poemas encontrados para a turma. Os alunos se superaram e fizeram valer a criatividade na hora das apresentações.
“A experiência foi gratificante e o melhor de tudo, é que pude perceber que muitos alunos passaram a gostar de poesia e a vivê-las no seu dia a dia.”
Por fim foi trabalhado o poema “EU ETIQUETA”, com um amplo conhecimento prévio sobre marcas, consumo, mídia. Leitura, compreensão, interpretação e uma produção de um poema consumo, fazendo uso de diferentes marcas. Para finalizar, foi digitado no laboratório de informática, declamado e exposto nos murais da escola.
Após alguns relatos, foi realizada a oficina 6 - unidade 12 – páginas 194, 195 e 196 da TP3 .
E, para finalizar o encontro realizamos uma atividade de produção textual. Veja a proposta na integra:
ELIXIR DO AMADURECIMENTO OU DA JUVENTUDE
Ao escrever, assim como ao falar, damos pistas sobre a nossa faixa etária, nossos interesses e, através do nosso vocabulário, até da nossa classe social, grau de instrução e região onde moramos. Como muitas vezes essas dicas são dadas inconscientemente, é interessante propor aos alunos atividades que os levem a tentar identificar e reproduzir características de redação que são peculiares a pessoas diferentes deles. Um recurso, aliás, bastante utilizado pelos escritores na composição dos seus personagens.
1. Proponha a seus alunos que liberem a imaginação e criem um texto a partir da seguinte ideia: eles deverão escrever um texto em forma de carta. Nesta carta, o emissor estará vivendo a situação de ter (recém) bebido da fonte da juventude, ou do amadurecimento, provocando-lhe uma estranha mutação, que deverá causar marcas linguísticas verbais e não-verbais ao texto.
2. A fim de imprimir ao texto tais marcas da metamorfose, o autor deverá utilizar-se de recursos como:
a) uma caligrafia diferenciada para as diferentes fases da vida;
b) a localização no tempo e no espaço;
c) o uso do vocativo;
d) um vocabulário apropriado.
Explique-se: o texto mostrará o rejuvenescimento — ou o envelhecimento - do seu autor durante a feitura da carta. Os recursos listados acima, se utilizados eficientemente, serão as marcas que evidenciarão essa mudança.
Cem Aulas sem Tédio. Antonio Falcetta – Lígia Mothes – Vanessa Amorim e Vivian Magalhães
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